“TESTAMENTO” - A polémica peça de Colm Tóibín chega a Portugal
E se Maria tivesse falado?
Testamento, a peça escrita pelo irlandês Colm Tóibín, que gerou polémica na Broadway, chega agora a Portugal, com encenação de Beto Coville e interpretação de Luísa Ortigoso, tem estreia marcada para dia 13 de abril às 21h30, no Núcleo de Arte Sacra em Alcochete.
Testamento é uma obra do irlandês Colm Tóibín que nos mostra um outro lado de Maria, a face mais humana, num retrato da mãe que perde o seu filho. O espectáculo é encenado pelo ator e encenador Beto Coville, interpretado por Luísa Ortigoso, musicado ao vivo pelo italiano Davide Zaccaria e estará em cena no Núcleo de Arte Sacra de Alcochete, de 13 a 15 de abril.
E se Maria tivesse falado? “Testamento” traz-nos um relato avassalador, num tom que oscila entre a ternura e a raiva, não de Maria, a figura bíblica, mas de Maria, a mulher, a mãe que viu, impotente, morrer o filho com uma violência desmedida. Um grito surdo de revolta, intenso e poderoso, que traz um novo olhar sobre uma das figuras mais trágicas da Bíblia.
A peça passa-se anos depois da crucificação e é-nos apresentada uma Maria que luta para quebrar o silêncio que rodeia o que ela sabe ter acontecido. No seu esforço para dizer a verdade sobre a morte brutal do seu filho, emerge lentamente como uma figura de imensa estatura moral, bem como uma mulher da História representada agora como totalmente humana. De uma narrativa secular sempre contada por homens, o espectáculo resgata o feminino, calado e abafado desde a antiguidade por um poder masculino instituído que ainda se reflecte nos dias de hoje.
O espectáculo estará em cena de 13 a 15 de Abril, sexta e sábado às 21h30 e Domingo às 16h. Os bilhetes têm um custo de 10 euros ou 7,5 para jovens (até aos 18) e séniores (mais de 65). As reservas podem ser feitas através do e-mail reservasteatrolivre@gmail.com.
Testamento
M/12 anos
De: Colm Tóibín
Tradução: Miguel Nobre de Carvalho
Interpretação: Luísa Ortigoso
Encenação: Beto Coville
Música: Davide Zaccaria
Produção: Teatro Livre
Datas: 13 e 14 de Abril às 21h30; 15 de Abril às 16h
Bilhetes:
10€ Normal
7,5€ (menores de 18 e maiores de 65)
Situada na margem esquerda do rio Tejo, em plena Reserva Natural do Rio Tejo, na vila de Alcochete podem contemplar-se os mais belos pores-do-sol de toda a região, feitos a partir da mais diversificada paleta de cores. Amantes da fotografia e, de uma maneira geral, apreciadores das mais belas paisagens, visitam com frequência esta pitoresca localidade que, além da sua beleza natural, tem muito mais para oferecer aos visitantes.
Alcochete é terra de salineiros. Nas salinas onde outrora se extraía sal-marinho e se secava o bacalhau, tendo a partir de determinada altura a produzir sal-gema, nidificam as mais variadas espécies de aves aquáticas.
A partir do Sítio das Hortas, pode-se observar os flamingos em plena estuário do rio Tejo, na área protegida. Esta é considerada a maior zona húmida do país e uma das maiores da Europa. Nela se criam em ambiente natural grande variedade de peixes, moluscos e crustáceos, além das aves como já referido.
Nos arredores, quem vai em direção ao Montijo – a antiga Aldeia Galega do Ribatejo – encontra a praia fluvial do Samouco com o seu pequeno cais palafítico.
A pacatez da vila de Alcochete contrasta com o bulício de outras cidades próximas, mormente Lisboa que se avista de longe. Porém, quando é chegada a altura das largadas de toiros, a vila anima-se e adquire todo o seu esplendor e tipicismo. Alcochete é também terra de toiros e toureiros. Desde o século XVI que ali se cria sobretudo gado bravo pelo que as tradições taurinas encontram-se bastante arreigadas nos alcochetanos.
As ruelas, estreitas e pitorescas onde em tempos idos os pescadores locais remendavam as malhas das suas redes, enchem-se de gente que vem de fora para apreciar as tão afamadas iguarias da sua cozinha tradicional, com predomínio para os pratos de peixe e outras iguarias que o rio Tejo oferece.
Acredita-se que o topónimo Alcochete tenha proveniência árabe, derivando de Al Caxete que poderá significar “o forno”. Com efeito, os registos mais antigos que se conhecem relativamente à presença humana no local dizem respeito à existência de uma olaria, ao tempo da ocupação romana que antecedeu a presença árabe, na qual eram produzidas ânforas e outros artefactos para acondicionamento e transporte de alimentos, quem sabe se para o garum e conservas de peixe produzidas nas cetárias da Península de Tróia, em Grândola.
Alcochete foi berço das mais notáveis personalidades de entre as quais se destaca o Rei D. Manuel I e o padre jesuíta Francisco Rodrigues da Cruz, venerado e santificado pelo povo que o rebatizou como “Santo Padre Cruz” e em relação ao qual decorre desde 1951 o Processo Informativo de Beatificação. Quase setenta anos decorridos desde o seu falecimento em Lisboa, muitos são ainda os devotos que visitam o seu jazigo no cemitério de Benfica.
Nos últimos tempos, a autarquia local tem vindo a requalificar o espaço urbano, ordenando o estacionamento automóvel, dotando a área urbana de novas zonas verdes e pedonais, com especial realce mas o magnífico passeio da zona ribeirinha. Alcochete é, pois, uma das mais interessantes localidades a convidar a uma visita, nomeadamente dos lisboetas, tirando também partido da magnífica paisagem que da Ponte Vasco da Gama se disfruta sobre o rio Tejo e as salinas do Samouco.
A magnífica localidade de Alcochete possui um parque infantil que inclui brinquedos que lembram as suas tradições tauromáquicas, transmitindo à crianças os valores da cultura local, os quais têm nos últimos tempos vindo a ser cada vez mais questionados por uma sociedade que se quer desapegar de alguns costumes que consideram bárbaros e desadequados.
Os brinquedos são objetos destinados ao lazer mas considerados de vital importância para a educação da criança e a construção da sua personalidade. A origem do brinquedo perde-se nos tempos, confundindo-se com o ato de brincar, algo que é imanente à própria natureza do ser humano. Ao longo dos tempos, sempre se utilizaram os brinquedos como forma de transmitir ideias e valores às novas gerações em, desse modo, influenciar o destino da humanidade.
Alcochete é uma terra de grandes tradições tauromáquicas associadas às lides da lavoura ribatejana. A instalação de um parque infantil através do qual se mostram figuras características ligadas à cultura local como o caso do touro e do toureiro é, para os alcochetanos, uma forma de preservar e transmitir a sua própria cultura, naturalmente sem qualquer intenção de dolo ou, de inculcar, sentimentos menos dignos nas suas crianças em relação aos animais.
Porém, a sociedade atual debate qual a atitude mais adequada que deve assumir relativamente à natureza que a rodeis e, nomeadamente, aos aninais.
O BLOGUE DE LISBOA é um espaço de opinião livre e pluralista no respeito pela dignidade das pessoas e instituições pelo que, na observância desses parâmetros, aceitará todos os pontos de vista em relação a esta temática.
A Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete é uma das orquestras filarmónicas que vai representar o Distrito de Setúbal no desfile de bandas que vai decorrer no próximo dia 29 de novembro, na avenida da Liberdade.
Trata-se de uma grandiosa jornada patriótica evocativa da data da Restauração da Independência Nacional em 1640, cujas comemorações devem manter-se vivas sob a forma de celebrações populares.
A organização é da iniciativa do Movimento 1º de Dezembro e conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, da EGEAC e da SHIP - Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
Em relação à Sociedade Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete, transcreve-se o respetivo historial:
“A Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete, colectividade de cultura e recreio, tem contribuído para o engrandecimento e projecção do concelho de Alcochete e para a divulgação do seu bom nome.
Durante a sua já longa existência tem promovido as artes do teatro, do canto e da música, embora o seu ex-libris seja sem dúvida a sua escola de música e a sua banda, e mais recentemente, após 45 anos de inactividade o renascer do seu orfeão.
Os êxitos obtidos de norte a sul do país, Regiões Autónomas e Espanha são fruto do muito esforço, da dedicação e da união entre todos os seus elementos.
O primeiro lugar no concurso nacional de bandas civis organizado pela E.D.P., a gravação de três discos e ainda uma colectânea destes num único CD, a Medalha de Ouro do Concelho de Alcochete, o reconhecimento de Instituição de Utilidade Pública, a Medalha de Mérito Cultural atribuída pela Secretaria de Estado da Cultura, os dois troféus R.T.P. "João Moreira de Almeida" para a melhor banda taurina, a Medalha de Prata da Federação das Colectividades de Cultura e Recreio, a distinção de Sócio de Honra "Ribatejano Ilustre" da Casa do Ribatejo, o "Galardão de Destaque da Temporada 1999", atribuído pela Tertúlia Tauromáquica Sobralense, são momentos altos da nossa banda e da nossa colectividade.
No ano de 2001 gravou o seu 4º disco, alcançou enorme sucesso na sua deslocação à ilha Terceira-Açores e ganhou também o prémio da Rádio Campanário para a melhor banda taurina do país.
A banda de Alcochete, é composta por músicos que na sua maioria são oriundos da sua escola de música e conta entre os seus executantes com alguns dos mais prestigiados instrumentistas nacionais da actualidade.
A banda de Alcochete bem como o seu orfeão é dirigida desde Outubro de 1998 pelo maestro António Francisco Rei Menino.”
Com 70 anos de história, as Festas do Barrete Verde e das Salinas representam o que de mais genuíno e verdadeiro os Alcochetanos têm para oferecer. O segundo fim-de-semana de Agosto é esperado por todos com grande ansiedade, porque marca o início de umas festas reconhecidas nacionalmente pelo seu carisma e tradição tauromáquica.
As Festas do Barrete Verde e das Salinas reúnem anualmente milhares de visitantes, que atraídos pela festa brava, pela fé, pela tradição e pela forma espontânea e entusiasta de receber que o povo alcochetano tem, enchem as ruas da vila de grande animação e prolongam a noite até ser dia.
As festividades preservam na sua génese um culto religioso, muito vincado nas gentes, e uma grande paixão pela tauromaquia, consolidada na homenagem a três figuras basilares: o Campino, o Forcado e o Salineiro.
Organizadas anualmente pelo Aposento do Barrete Verde em estreita colaboração com a Câmara Municipal, as festas são um reflexo de uma tradição mantida ao longo dos tempos e que vai sendo sempre recriada pelas gerações mais novas.
Um dos momentos altos é a Noite da Sardinha Assada durante a qual seguem alegremente atrás da Charanga, milhares de pessoas, que enchem de cor e de vida as ruas da Vila, com coreografias criadas de forma espontânea e que perduram noite dentro até o sol nascer.
A procissão por Terra e por Mar é uma das mais intensas manifestações religiosas, reflexo da fé de um povo que teve, no passado, no rio o seu modo de sustento.
As tradicionais largadas de touros são outra componente da festa a par com as corridas de touros, os espectáculos musicais, as exposições e actividades desportivas que integram um programa que mantém a Vila envolta de alegria.
As Festas do Barrete Verde e das Salinas são um misto de sentimentos, emoção e diversão, onde o fado acontece em cada esquina, o flamenco ecoa por becos e vielas e onde os aficionados manifestam o seu “salero” frente ao touro nas arenas improvisadas nas ruas.
Fonte: http://www.cm-alcochete.pt/
A construção de um novo aeroporto de Lisboa e a sua localização na margem sul do rio Tejo, é um projeto com mais de quarenta anos. Não obstante, o projeto foi metido na gaveta e ainda nenhum governo em vigor desde o 25 de abril de 1974 foi capaz de o concretizar.
A questão dos custos e da localização do novo aeroporto de Lisboa alimentou recentemente muita polémica, havendo ainda quem tivesse visto nesse projeto um pretexto para encerrar o atual aeroporto de Lisboa, situado na Portela de Sacavém, não fora o impedimento legal de utilizar os terrenos afetados para outros fins.
Porém, em 1971, o Diário do Governo, I Série, nº 290 de 13 de Dezembro, publicou o Decreto nº 548/71, do Ministério das Obras Públicas, Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização, o qual estipulava medidas que visavam acautelar a “desordenada alteração das circunstâncias e condições existentes” na localidade onde o mesmo iria ser implantado. O referido Decreto foi promulgado em 29 de Novembro de 1971 e vem assinado por Marcello Caetano e pelo então Ministro das Obras Públicas Rui Alves da Silva Sanches, com ordem de publicação do Presidente da República, Américo Deus Rodrigues Thomaz.
Entretanto, foi criado o Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa que, entre outros trabalhos, procedeu à apreciação e aprovação dos estudos de “viabilidade técnico-económica”, adjudicação da realização do estudo de “viabilidade técnico-económica” de uma “comunidade” adstrita ao novo aeroporto de Lisboa, adjudicação da realização do estudo do controlo do tráfego aéreo da área do terminal de Lisboa, do “Anteprojecto do Novo Aeroporto de Lisboa” e do correspondente “Plano Financeiro” e ainda as diligências preliminares da aquisição dos terrenos onde o mesmo iria ser instalado.
O novo aeroporto de Lisboa, cuja localização já se encontrava prevista para a margem sul do Rio Tejo, deveria entrar em exploração no ano de 1979, não implicando o encerramento do aeroporto da Portela de Sacavém, mas prevendo a melhoria das suas condições de funcionamento.
A imagem mostra o cais de Alcochete em meados do século passado. A fotografia é da autoria de Eduardo Portugal e pertence ao Arquivo Fotográfico de Lisboa.
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