27, 28 e 29 de setembro
Iniciativas culturais levam clientes a perspetivar os transportes públicos como transportadores de arte e difusores de cultura
A CP – Comboios de Portugal, a Infraestruturas de Portugal e o Metropolitano de Lisboa, associaram-se à Direção Geral do Património Cultural, com vista à promoção e desenvolvimento de um vasto programa de ações culturais integradas nas Jornadas Europeias do Património (JEP) 2019 dirigidas ao público e à comunidade em geral.
As JEP são uma iniciativa promovida pela Comissão Europeia a que vários países, incluindo Portugal, têm aderido em anos transatos. Subordinadas, no corrente ano, à temática nacional “Artes, Património e Lazer”, as JEP decorrerão nos dias 27, 28 e 29 de setembro.
Esta iniciativa permite aos participantes passarem a perspetivar os transportes públicos ferroviários não só como forma de deslocação entre locais de partida e destino mas também como meios de acesso às Estações Ferroviárias e do Metropolitano de Lisboa que, cada vez mais, se constituem como espaços artísticos e culturais acessíveis a qualquer público.
No dia 27 de setembro, o programa conta com várias iniciativas, nomeadamente a realização de visitas guiadas às Estações Ferroviárias da IP e do Metropolitano de Lisboa, ações culturais e de animação nessas estações e, ainda, a possibilidade de assistir a uma conferência subordinada ao tema “A Ferrovia e a Cultura”, que conta com a presença de vários oradores internacionais e em que irá abordar a temática da utilização das Estações Ferroviárias e os transportes públicos como espaços de promoção e divulgação artística.
No dia 28 de setembro, os inscritos poderão realizar um sonho antigo de viajar nas duas primeiras carruagens históricas do Metro de Lisboa (datadas de 1959), viajar nos comboios da CP até ao Entroncamento, e por fim, visitar o histórico Museu Nacional Ferroviário.
No último dia, 29 de setembro, é dada a oportunidade aos participantes de acompanhar uma visita guiada à Estação Ferroviária da IP Lisboa-Oriente assim como à linha Vermelha do Metro de Lisboa.
As inscrições para as iniciativas das Jornadas Europeias do Património tiveram início no dia 26 de agosto p.p., nos sites das empresas organizadoras, tendo esgotado em poucos dias.
O Metropolitano de Lisboa, a CP- Comboios de Portugal e a Infraestruturas de Portugal contribuem, assim, para a promoção efetiva da cultura e do património, bem como para o reconhecimento da sua importância e do seu caráter transversal, designadamente no setor dos transportes, da mobilidade e sustentabilidade urbana.
Programa
27 de setembro
15h00 | Visita guiada ao Interface dos Restauradores e Estação Ferroviária de Lisboa-Rossio
16:30 | Conferência “A Ferrovia e a Cultura” (Estação Ferroviária de Lisboa-Rossio, Sala do Rei)
18:30 | Lançamento do livro “O comboio do Papa - A última viagem do comboio pontificio-frosinone 1863” – Costantino Jadecola
28 de setembro
10:00 | Viagem no comboio histórico ML7 do Metropolitano de Lisboa
11:00 | Visita guiada à estação Ferroviária e do Metropolitano de Lisboa de Santa Apolónia
13:00 | Viagem até ao Entroncamento e visita guiada ao Museu Nacional Ferroviário
18:30 | Animação na estação ferroviária do cais de Sodré – Tango na Rua
29 de setembro
10:30 | Visita guiada à estação Ferroviária e do Metropolitano de Lisboa do Oriente e à linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa
12:00 | Animação na estação ferroviária de Lisboa-Oriente – Quorum Ballet
É um dos mais grandiosos palácios de Lisboa, com magníficos jardins que não ficam despercebidos a quem passa na rua da Junqueira, em Lisboa. Encontra-se ao abandono. Todo o recheio artístico está a ser pilhado e danificado. O interior já é ocupado de forma selvagem e utilizado para fins impróprios. As autoridades são frequentemente chamadas a intervir. Mas ninguém deita a mão a este património…
Edifícios abandonados: este palácio em Lisboa está em ruínas
Recebeu o rei de Portugal, esteve no centro de uma batalha legal que durou 73 anos e hoje está abandonado há mais meio século.
A vegetação começou a engolir a casa, a porta principal foi vandalizada por um graffiti, a tinta estalou das paredes e a humidade tomou conta do palácio. A custo, sobrevivem alguns painéis de azulejos, embora só em 2006 tenham sido saqueadas 930 peças.
É esta a triste história da Quinta das Águias, uma propriedade que, nos seus tempos áureos, chegou a receber o rei de Portugal. Abandonada há mais de meio século, a propriedade com mais de 300 anos está à venda no Idealista por 17,5 milhões de euros. O site da imobiliária diz que há um projeto para reconverter o espaço num hotel de charme de cinco estrelas. É um T42: tem 32 quartos, dez suites e, de bónus, um amplo jardim.
Escondida por trás da movimentada Rua da Junqueira, a história do Palácio das Águias, ou Quinta das Águias, remonta a 1713. Foi nesse ano que Manuel Lopes Bicudo, advogado da Casa da Suplicação (nome dado ao tribunal supremo de Portugal), decidiu aproveitar um dos seus terrenos para construir uma quinta para viver com a mulher.
Em 1731, Bicudo vendeu a propriedade a Diogo de Mendonça Corte-Real, Secretário de Estado durante o reinado de João V. Tinha 55 anos.
A quinta sofreu várias modificações nesta altura: para além da nova organização dos jardins, ganhou uma capela que continha, sobre o altar, uma pintura da Anunciação. A obra ficou a cargo do artista francês Pierre-Antoine Quillard, pintor da corte de D. João V. Pouco se sabe sobre este trabalho, pelo que se calcula que tenha ficado destruída no terramoto de 1755.
Àquela casa, Corte-Real dedicou os seus últimos cinco anos de vida (faleceu em 1736), e organizou grandes bailes e galas. Entre os convidados de algumas destas festas esteve o próprio rei de Portugal, D. João V.
A batalha legal pela Quinta das Águias durou 73 anos. Quem ganhou a casa, vendeu imediatamente a casa, claro. Tinham um advogado com mais de sete década de honorários por receber.
A casa foi herdada pelo filho, Diogo de Mendonça (tinham exatamente o mesmo nome), que também serviu o rei — não D. João V, que faleceria em 1750, mas o filho que lhe sucedeu, D. José I. No início foi nomeado, em pompa e circunstância, Secretário de Estado da Marinha e dos Negócios Ultramarinos. Só que a relação não durou muito: D. José I ficou tão insatisfeito com o trabalho do “júnior” que, seis anos depois, obrigou Diogo de Mendonça a sair de Lisboa.
Durante os primeiros anos de exílio, a quinta ficou aos cuidados de uma governanta francesa, Maria Josefa Catherine du Pressieux. Em 1758, Diogo de Mendonça arrendou a casa à filha, Maria Francisca, e ao marido, D. José Manuel — que, já agora, também era irmão de Diogo de Mendonça mais novo. Eram outros tempos.
Diz-se que Diogo de Mendonça queria deixar a casa à filha quando morresse, porém Maria Francisca não soube cuidar daquela que seria a sua futura herança. A quinta ficou em mau-estado, e Diogo de Mendonça recuou na vontade de lhe dar a propriedade. Estávamos em 1764. Nesse mesmo ano, a mulher foi exilada para Angola — ninguém sabe bem porquê — e começaram as disputas entre a família.
A batalha legal pela Quinta das Águias durou 73 anos. A justiça acabou a decidir em favor da Santa Casa da Misericórdia, o conselho que representava uma parte da família. E o que é que eles fizeram? Venderam imediatamente a casa, claro. Tinham um advogado com 73 anos de honorários por receber. Assim foi.
Nas décadas seguintes, o palácio foi passando de proprietário em proprietário. Em 1890, foi adquirido pelo médico e professor Fausto Lopo Patrício de Carvalho, que efetuou obras profundas na casa e nos jardins. O projeto de restauro contou com a colaboração dos arquitetos Vasco Regaleira e Jorge Segurado.
O nome Quinta das Águias já vinha desde os tempos de Diogo de Mendonça Corte-Real (o pai), mas foi nesta altura que foram construídas águias de pedra, incluíndo em ambos os lados do portão principal. A propriedade fez parte do legado da família Carvalho até 1990 e, desde então, ninguém sabe ao certo o que aconteceu. A quinta caiu nas mãos dos bancos, e pertence atualmente a um fundo do BES.
Abandonada há quase meio século, a Quinta das Águias está à venda desde 2010. À época, o valor rondava os 20 milhões de euros. Agora desceu para 17,5 milhões.
Fonte: Marta Gonçalves Miranda / https://nit.pt/
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios 2019
A Direção-Geral do Património Cultural convida todas as entidades a apresentar propostas de iniciativas a desenvolver no dia 18 de abril, ou em datas próximas, enquadradas no tema 'Património e Paisagem Rural', que dá o mote às comemorações em 2019.
Em colaboração com o ICOMOS Portugal, a DGPC impulsiona a divulgação deste tema com a finalidade de promover o entendimento das zonas rurais enquanto paisagem, e da paisagem enquanto património, estimulando a percepção de territórios em permanente mutação, que acumulam os saberes e as práticas decorrentes de uma vivência continuada, em constante adaptação aos imperativos ambientais, culturais, sociais, políticos e económicos.
Para aceder à página de carregamento das iniciativas e ao nome de utilizador e palavra passe, poderão contactar pelo email dims@dgpc.pt ou telefones 213 614 336/213 614 324 (DDCI/DGPC).
O carregamento de iniciativas pode ser feito até ao dia 17 de abril.
Trabalhos de restauro necessitam de orientação técnica
A Igreja Matriz de Loures tem vindo nos últimos cinco anos a ser alvo de uma intervenção destinada a preservar e recuperar o seu antigo esplendor, numa iniciativa levada a cabo pelos paroquianos que não se conformaram com o estado em que o monumento se encontrava.
A sinalética ao lado da imagem da santa não parece muito adequada e até desnecessária porque não existe no local qualquer extintor como se pode ver na foto... de resto, os extintores devem situar-se junto à porta de saída! Do lado esquerdo, a parede foi rasgada e a pintura marmórea destruída para enterrar o cabo eléctrico do sistema de alarme.
Foto: Teotónio Gonçalves
Porém, a Igreja Matriz Paroquial de Santa Maria de Loures encontra-se classificada como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910, publicado no Diário do Governo nº. 136, de 23 de Junho de 1910. Insere-se na Zona Especial de Protecção estabelecida por Portaria de 26 de Agosto de 1958, publicada em Diário do Governo, II Série, de 12 de Setembro de 1958. Caberia, pois, ao Estado proceder à sua recuperação, conservação e restauro, sob a orientação de técnicos especializados nesta área.
Segundo o engº Raul Santos, um dos paroquianos mais empenhados neste projecto, “O restauro neste momento, foi nas 3 abobadas do tecto, madeira e pinturas. Depois na pintura dos pilares, janelões e portas exteriores. E o último elemento foi o arco triunfal e as imagens que tambem foram restauradas.
Esta Santa Maria de Loures sofreu intervenção nas roupas. E agora estamos preparados para o sub-coro, julgo que no início do proximo ano. Portanto, zonas de maior vulto a intervencionar, pelo peso em €, fica na Capela Mor, a talha dourada e o tecto. Depois todas as paredes, muita área.
Este restauro vem de há 5 anos e embora a Matriz seja monumento nacional, logo do Estado português, nao colocam aqui um €, e ainda temos de pagar o iva legal.
E, quanto as empresas, são as que estao autorizadas pelo Estado a fazer este tipo de trabalhos. Temos pano para mangas...poderá ser que nos saia a lotaria de natal.”
A Igreja Matriz Paroquial de Santa Maria de Loures foi edificada em meados do século XV no local onde outrora existiu uma igreja medieval que terá pertencido à Ordem dos Templários e da qual ainda restam algumas lápides sepulcrais esculpidas com a Cruz do Templo e que actualmente se encontram amontoadas a um canto junto à entrada principal.
Dispõe de três naves que assentam em colunas de ordem toscana que, separadas grande distância, assentam numa base circular, com fuste liso e encimado pelo capitel simples.
Ao longo dos tempos foi sujeita a várias intervenções, tendo inclusive sido votada ao abandono na sequência do terramoto de 1755.
A pia baptismal encontra-se junto ao Evangelho, portanto fora do baptistério onde deveria estar. Mais recentemente, o gradeamento que separa o presbitério das naves foi retirado e as pedras que o seguravam arrancadas e encostadas às colunas. E, do caixotão da nave central continuam pendentes umas velhas ventoínhas sem uso. E muito mais se poderia dizer a este respeito…
Para uma melhor compreensão, transcreve-se a respectiva Nota Histórico-Artística da autoria da Drª Catarina Oliveira:
“Depois da Reconquista de Lisboa, D. Afonso Henriques distribuiu pelos Templários que o acompanhavam algumas terras nas regiões de Sintra e Loures, pelo que a fundação primitiva da igreja matriz de Loures é atribuída à Ordem dos Cavaleiros do Templo. Desta igreja românica nada resta, excepto algumas lápides sepulcrais com a Cruz do Templo gravada, que actualmente estão colocadas no chão da matriz.
No entanto, a partir do século XVI a igreja viria a sofrer transformações profundas, derivadas de diversas campanhas de obras realizadas ao longo dos séculos XVI e XVII. Em meados do século XVI o templo foi reedificado, alterando-se a sua estrutura e possivelmente as dimensões da planta, passando a apresentar uma estrutura maneirista de tipologia chã.
O exterior, de modelo simples e despojado, indicia alguma erudição no projecto. Os portais principal e lateral são inspirados na tratadística clássica serliana. A torre sineira, adossada à fachada lateral foi edificada em 1620.
O espaço da capela-mor destaca-se no exterior, formando uma área rectangular de menores dimensões em relação ao corpo principal. Por trás da capela-mor foi edificada a casa da Irmandade do Santíssimo Sacramento.
No espaço interior conservam-se muitas das obras da campanha maneirista, de grande erudição e qualidade. A planimetria divide-se em três naves, cujos tramos são marcados por arcos de volta perfeita assentes em colunas toscanas. As colunas e o intradoso dos arcos são decorados por pintura de brutesco, cuja execução data de 1670. O espaço é coberto por tectos de madeira pintados, com a imagem de Nossa Senhora da Assunção sobre a nave principal.
Os retábulos dos altares laterais apresentam um conjunto de pintura maneirista, cujo programa pictórico se integra no espírito contra-reformista do final do século XVI. Do lado da Epístola foi colocado o retábulo dedicado a Nossa Senhora da Conceição, executado por Diogo Teixeira cerca de 1575, e do lado do Evangelho situa-se o retábulo de Nossa Senhora da Graça, pintado por Simão Rodrigues entre 1595 e 1600.
Do século XVII subsistem duas tábuas, colocadas nas naves laterais, uma de André Reinoso, identificada como A comunhão da Virgem , outra de Bento Coelho da Silveira, São Miguel e as Almas .
A capela-mor, decorada com lambril de mármores embrechados, possui retábulo-mor executado em 1711 pelo escultor Claude Laprade e pelo mestre Bento da Fonseca de Azevedo. Este retábulo introduziu no programa decorativo da matriz de Loures o barroco ao romano, representando uma novidade na construção de retábulos em Portugal.
Até ao final do século XVIII foram executadas mais algumas obras, sobretudo de colocação de talha e mosaicos, e no ano de 1777 a capela de Nossa Senhora do Socorro, edificada em 1594 na nave do lado do Evangelho, foi desmanchada para ser aberta a porta lateral.
No início do século XX, com o advento da República, a igreja foi fechada ao culto, e assim se manteve até 1931. Nas décadas que se seguiram, depois de reaberta, a igreja foi objecto de diversas obras de restauro, conservação e consolidação das estruturas.
Catarina Oliveira
GIF/ IPPAR/ 2005
Fotos: Eduardo Portugal / Arquivo Municipal de Lisboa (1952)
Depois da destruição da escultura do rei D. Sebastião que se encontrava na fachada da estação do Rossio, de outra escultura no Museu Nacional de Arte Antiga… agora foi a vez do chafariz do Largo de São Paulo ser alvo da fúria irracional dos vândalos que a deixaram no estado deplorável que a foto documenta.
O mármore é uma rocha porosa e absorvente pelo que a remoção de tintas e outras sujidades se torna mais difícil de remover.
Apesar dos danos já causados em vários monumentos da cidade, continuamos a ver pessoas escalar monumentos como os macacos, perante a impunidade das autoridades. E, os “pintores”da porcaria continuam a danificar fachadas de edifícios, comboios e monumentos públicos – o património que é de todos mas são os contribuintes quem paga a recuperação dos canos causados!
Foto: Rui Marques
Um magnífico painel de azulejos nexiste no Convento de S. Pedro de Alcântara, em Lisboa, foi recentemente “restaurado” e o resultado foi a luminosa obra que vemos numa das fotos… é como se alguém se lembrásse de endireitar a Torre de Pina ou colocar umas próteses à Vénus de Milo!
Apesar do avançado estado de degradação ou melhor, de destruição a que o painel original chegou, o mesmo deveria ser conservado como tal e jamais serem feitas cópias de azulejos e, muito menos, proceder à substituição integral do painel.
Quanto aos azulejos originais, resta saber qual foi o seu destino... podem crer que valem mais do que as cópias!
Entretanto, esperemos que alguém não se lembre de “reconstruir” a cidade romana de que restam as ruínas de Conímbriga… o que fizeram é tudo menos restauro!
Fotos: João Matos Alves
Apenas se salvam os jardins com os seus magníficos buxos
Quem percorre os jardins da que foi outrora a Quinta Real de Caxias depara com um espectáculo desolador a toda a dimensão. À excepção dos jardins magnificamente ornamentados e alguma estatuária, a destruição é total. Os edifícios encontram-se completamente degradados, os azulejos danificados a um ponto em que a sua recuperação já é inviável, o mato cresce por tudo quanto é sítio e o recinto de entrada virou zona de parqueamento automóvel.
Da Wikipédia, extraímos a seguunte descrição: “A Quinta Real de Caxias é o principal parque de Caxias, Oeiras. Um agradável espaço de passeio criado em torno dos jardins do Paço Real de Caxias. Um Real exemplo das Quintas de Recreio que caracterizam Oeiras, e atualmente um dos elementos de maior interesse arquitetónico e histórico. É um exemplar único no panorama da arte dos jardins pelo valor arquitetónico, escultórico e alegórico do conjunto da cascata, miradouro e grupos escultóricos. As suas esculturas de Machado de Castro são envolvidas por um ambiente ao estilo de Versailles.
Famosa pela sua cascata, estes jardins convidam a agráveis passeios ao modo da sofisticada vida social do século XVIII. Quando ativa, a cascata verte sobre o lago, onde se salienta o conjunto escultórico de Machado de Castro. As estátuas representam uma cena mitológica em que a Deusa Diana vinha tomar banho junto da gruta onde o seu amado pastor Endimião dormia um sono eterno. Das estátuas partem vários jogos de água, emprestando ainda mais movimento aos figurantes deste gigantesco palco wagneriano.
A Quinta Real de Caxias tem ainda galerias comunicantes, duas salas com pintura decorativa e o Paço Real. Palmeiras e araucárias ajudam a embelezar os jardins localizados em Caxias, muito perto da Praia de Caxias. A sua obra e embelezamento se arrastaram durante o século XVIII e início de XIX. O conjunto dos jardins e da quinta tiveram várias fases de construção, tendo a propriedade sido progressivamente aumentada. Existia uma malha geométrica que percorria a propriedade de acordo com os eixos definidos pelo caminho principal e cujas diagonais se intercetavam formando clareiras enquadradas por canteiros de buxo onde se localizavam pequenos lagos. A cascata foi construída pelos irmãos Mathias Francisco e situa-se no centro do jardim sendo ornamentada com elementos escultóricos de onde partem jatos de água.
Propriedade da Casa do Infantado, a Quinta Real de Caxias, com o respectivo palácio, foi mandada edificar na primeira metade do século XVIII pelo Infante D. Francisco de Bragança, filho de D. Pedro II e D. Maria Sofia de Neuborg, irmão de D. João V. Prolonga-se a sua construção até ao início do séc. XIX. Das obras da 2ª metade do séc. XVIII datam a construção da Cascata monumental e organização do jardim, bem como os grupos escultóricos em terracota da autoria de Machado de Castro (1731-1822), considerado o maior escultor português da época. O conjunto dos jardins e Quinta real sofreu várias fases de construção, tendo a propriedade aumentado por sucessivas incorporações de outros casais, unificando as várias parcelas primitivamente separadas por muros. Situado mesmo à beira-mar, este pequeno Jardim Le Nôtre, como Branca Colaço o classifica nas suas “Memórias da Linha de Cascais”, é bem um exemplo da sofisticada vida social do século XVIII. A moda do Jardim Francês e a grandiosidade e espetacularidade dos jardins do padre de Versailles, concebidos pelo grande mestre André Le Nôtre, especialista de jardinagem do Rei Sol, Luís VIX, foi copiada e imitada por todas as Cortes Europeias da época. A utilização da água como elemento de ornamentação é também característica deste estilo aparecendo associada aos mais variados elementos construídos. Um deste exemplos é a cascata, elemento típico dos jardins barrocos muito utilizado em Portugal no séc. XVIII. Foi quinta de recreio da rainha D. Maria I e, D. Luís usou-o como residência durante algumas semanas, antes de se estabelecer no Palácio da Ajuda. Nestes encantadores jardins, inspirados nos do Palácio de Versalhes, encontramos lagos, jogos de água e arbustos com formas geométricas, a evocar os faustos barrocos. A recuperação levada a cabo pela Câmara de Oeiras mereceu o Prémio Europeu atribuído à Recuperação de Jardins Históricos. A quinta está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1953.
Em 2016 o Estado pretende concessionar o edifício a privados com o compromisso de reabilitação, preservação e conservação por parte dos investidores.”
Fonte: Wikipédia
Fotos: Artur João Goulart; Casa Fotográfica Garcia Nunes (Arquivo Municipal de Lisboa)
Noutros tempos era assim...
O vandalismo tomou conta da antiga escola primária de Rio de Mouro Velho, situado na rua António José da Luz, a escassas dezenas de metros da Igreja de Nossa Senhora de Belém onde agora ocorrem as festas locais. Ao que tudo indica, está a ser usado para fins estranhos aos que presidiram à sua construção, mais concretamente a atividades marginais que ocorrem nas proximidades.
Primeiro foram os azulejos mas há quem garanta que os mesmos foram retirados da fachada do edifício para serem colocados a salvo. Agora, o prédio encontra-se totalmente esventrado e em breve dele pouco restará para além de um montão de entulho. E, apesar da sua excelente localização, bem próximo do acesso ao IC19, não servirá a ninguém – nem a nenhuma colectividade – ou será que estaremos rotundamente enganados?
20º Aniversário da Reconstrução da Fragata D. Fernando II e Glória
A partir do dia 5 de maio, o público poderá visitar uma exposição temporária intitulada “20º Aniversário da reconstrução da Fragata D. Fernando II e Glória”, que pretende assinalar este marco na história deste navio, que foi o último ao serviço da Marinha Portuguesa a funcionar exclusivamente à vela.
A reconstrução da fragata ocorreu na sequência de um incêndio que deflagrou a bordo, em abril de 1963, durante a reparação de um tanque de gasóleo. Quando se procediam a trabalhos de soldadura, alguns materiais em chamas caíram no pavimento de madeira, originando, assim, um incêndio de grandes proporções.
A exposição estará em exibição na Fragata D. Fernando II e Glória, em Cacilhas, de 5 de maio até 1 de outubro de 2018 e estará inserida no percurso normal da visita. O preço dos bilhetes varia entre os 2€ (dos 4 aos 12 anos e maiores de 65 anos) e os 4€ (para adultos, dos 13 aos 64 anos), havendo também preços especiais para grupos.
Saiba mais em: goo.gl/ZqfZau
O “Pirata” reabriu no nº 95 da rua Morais Soares
Um ano após o encerramento do Pirata dos Restauradores, eis que o antigo estabelecimento reabriu na rua Morais Soares, nº 95, perto da Praça do Chile, em Lisboa.
De maiores dimensões, espaço renovado e acolhedor, apesar de novo mantém muito do espólio do Pirata do Restauradores, entre ele o Gerente de há mais de 20 anos, obreiro das mágicas poções do Pirata e do Perna de Pau, dos célebres pregos e do inconfundível arroz doce.
Segundo Paula Tavares, filha de José Tavares, proprietário do Pirata há mais de 20 anos, as marcas registadas e a imagem sobreviveram a um ano de paragem, as fórmulas mantém-se fiéis ao segredo (desde 1929) e espera-se que muitos possam voltar a beber Piratas e Pernas de Pau e ajudar na divulgação destes produtos e desta casa tão icónica da cidade de Lisboa.
Célebre pelos seus dois famosos aperitivos – o “Pirata” e o “Perna de Pau” – o Bar “Pirata” era um dos mais emblemáticos estabelecimentos da baixa lisboeta, a par das “Ginginhas” do Largo de São Domingos e da rua das Portas de Santo Antão, famosas pelas suas marcas “Eduardinho” e “Espinheira”.
O “Pirata” é uma mistura à base de vinho generoso gaseificado ou seja, misturado com soda. O “Perna de Pau” é a mesma bebida acrescentada de ginginha.
O fecho do histórico estabelecimento nos Restauradores deixou uma enorme nostalgia e revolta em muitos e muitos dos seus clientes habituais que se viram privados de duas bebidas quase centenárias. O Pirata era ainda um ponto de atracão de milhares de visitantes, nacionais e estrangeiros, que ali podiam degustar aquelas bebidas e um estabelecimento histórico da cidade de Lisboa que actualmente, em face da vertigem do turismo, vê desaparecer lojas e estabelecimentos que fazem parte da memória da cidade.
Mas, a partir de agora, se quiser voltar a beber Piratas, será muito bem-vindo nesta nova casa do Pirata!
Bem-haja pela preferência e pela ajuda na manutenção e defesa da memória de um dos estabelecimentos mais emblemáticos da nossa cidade, património cultural e memória vida de muitas décadas!
Elevador de Santa Justa renova-se aos 115 anos
No ano em que celebra 115 anos renova-se a identidade deste ex-líbris de Lisboa, melhorando a sua imagem, recuperando as infraestruturas e a funcionalidade dos espaços existentes, e dando assim melhores condições de utilização aos milhares de visitantes que dele usufruem. Atualmente soma cerca de um milhão de visitantes por ano.
Estão concluídas as intervenções no processo de restauro e melhoramento dos acessos ao nível do piso térreo do Elevador de Santa Justa. O projeto esteve a cargo do arquiteto Miguel Arruda.
Foi feito um conjunto de ações na estrutura, com o objetivo que esta obra de arte readquirisse a sua forma e desenho original. As intervenções realizaram-se ao nível dos tetos, dos revestimentos, da reparação dos elementos metálicos, da recuperação e/ou substituição das peças ornamentais deterioradas, entre outras. O espaço manteve a sua singularidade e ganhou maior luminosidade e profundidade. Estas alterações permitiram ainda a criação de um espaço comercial.
O Elevador de Santa Justa já tinha sido alvo de obras de reabilitação da estrutura, que decorreram entre 2009 e 2016, por várias fases, e que tiveram como finalidade a preservação e melhoria das condições de segurança do monumento.
Classificado em 2002 como Monumento Nacional, trata-se de uma obra arquitetónica de ferro única, com uma ornamentação rica e exuberante que define a sua estrutura metálica, repleta de arcos de gosto neogótico, um dos monumentos mais visitados e fotografados da cidade, que oferece uma vista de 360 graus no topo.
Esta terça-feira, dia 14 de novembro, realizou-se uma sessão pública de apresentação das obras de remodelação do piso térreo do Elevador, bem como dos projetos futuros de melhoria de acessibilidade e das estruturas, no espaço Topo Chiado.
O Elevador de Santa Justa, ou Elevador do Carmo como também é conhecido foi inaugurado no dia 10 de Julho de 1902, inicialmente utilizava o vapor como força de tração, o seu sistema foi eletrificado em 1907. É um monumento admirável projetado pelo engenheiro Raul Mesnier de Ponsard
Um dos principais acontecimentos da história da sua construção encontra-se no dia 31 de agosto de 1901, dia em que foi feito, em poucas horas e por sistema de alavanca, o lançamento do passadiço sobre a Rua do Carmo, destinado a estabelecer ligação entre o topo do Elevador e o Largo do Carmo.
Situado na Estrada de Benfica, o Palácio Baldaya passou a partir do início deste mês a ficar aberto ao público. Pensado inicialmente para servir de Biblioteca, o Palácio Baldaya passou a ficar ao serviço da população como pólo cultural e de inovação, dotado de ludoteca, salas para exposições e concertos e locais para associações e projetos educativos. O equipamento é gerido pela Junta de Freguesia de Benfica.
Segundo as mais remotas fontes históricas escritas, o edifício foi construído no final século XVIII como parte da Quinta do Desembargador, que viria a ser a Quinta da Baldaia. Era então residência de Maria Joana Baldaya, reconhecida como a sua primeira proprietária. No imóvel instalou-se também o Hotel Mafra e, mais tarde, o Laboratório Nacional de Patologia Veterinária e Bacteriologia, após a sua venda ao Estado por ocasião da Primeira República.
Desde há várias décadas que existia a intenção de criar uma biblioteca naquela zona da cidade. E a oportunidade surgiu precisamente com a possibilidade de utilização do Palácio Baldaya para usufruto dos munícipes nas mais diversas vertentes culturais, numa freguesia com cerca de 37 mil habitantes, frequentada por 12 mil estudantes, dispondo de 3 estabelecimentos de ensino superior.
Fotos: Manuel Santos
O sítio da Boca do Inferno na vila de Cascais é um dos locais turísticos mais visitado na região de Lisboa. Porém, desde há algum tempo que vem registando um progressivo abandono, apresentando o concorrido varandim o aspecto que as imagens documentam. Aguardamos que esta e outras anomalias verifidicadas no local sejam corrigidas com a maior brevidade possível.
Fotos: Manuel Santos
Magnificamente situado fronte de Lisboa, na localidade de Cacilhas, o Ginjal desfruta de uma soberba vista panorâmica sobre o rio Tejo e a deslumbrante cidade das sete colinas, enxergando ao longe o bulício de uma cidade a abarrotar de turistas. Mas, na outra banda, o Ginjal é uma triste recordação de um passado cheio de vida, onde no velho cais se carregavam grandes quantidades de vinho, azeite e vinagre, produzidos na quinta e nos armazéns da família Teotónio Pereira, os quais eram inclusivamente exportados para outros países ou enviados para os antigos territórios ultramarinos.
A antiga azáfama cedeu o lugar à decadência e à ruína do local a ameçar derrocada. Uma situação que ameaça a segurança de quem ali circula, inclusivamente veículos automóveis, desafiando a sorte e indiferentes ao perigo… e aos avisos existentes no local!
O local é propriedade privada e existem projectos para a reabilitação do local. O Ministério do Ambiente, a Câmara Municipal de Almada e a Administração do Porto de Lisboa já fizeram várias vistorias ao local e concluíram pela necessidade urgente de intervenção nomeadamente nas estruturas do cais. Mas os anos passam e o Ginjal lá permanece, olhando de longe o esplendor da capital e do rio Tejo. Exibindo placas onde se lê “Perigo de derrocada”… a advertir para uma provável tragédia!
O Cais do Ginjal noutros tempos era assim...
Imagem aérea do cais do Ginjal, Cacilhas e parte da cidade de Almada
Armazéns da Família Teotónio Pereira, no Ginjal
Carregamento de vinhos, no Ginjal
Dos armazéns do Ginjar da família Teotónio Pereira saía vinho, azeite e vinagre
Toneis de vinho dos armazéns de Teotónio Pereira, no Ginjal
Carrinha com publicidade ao vinho do Ginjal, em Cabo Verde
Fotos: Arquivo fotográfico Administração Porto Lisboa; Arquivo Centro Arqueologia Almada/ família Teotónio Pereira
Situado em Mafra, o Palácio dos Marqueses de Ponte de Lima é um edifício austero do século XVII, edificado pelo arquiteto régio Diogo Marques Lucas sobre as fundações do castelo gótico romano e o Paço Medieval outrora ali existente.
O período de maior fulgor desta casa, onde avultava a biblioteca dos Marqueses, os salões de tetos apainelados e a capela, ornamentada por um retábulo realizado pelo escultor Machado de Castro foi a primeira metade do séc. XVIII.
Sempre que viajava para Mafra, nomeadamente para inspecionar as obras de construção do Palácio Nacional de Mafra, era no Palácio do Marquês de Ponte de Lima que o Rei D. João V. O escritor José Saramago faz referência ao local e a estas ocorrências no seu livro “Memorial do Convento”.
Ali ocorreram episódios importantes da nossa História como a “conspiração de Mafra” contra D. João VI; albergou o General Loison durante a ocupação francesa e serviu de hospital improvisado de prevenção contra a peste bubónica.
O Palácio do Marquês de Ponte de Lima inclui ainda a chamada “Cerca do Marquêz” que constitui actualmente o Parque Desportivo Ministro dos Santos e que possuia outrora uma área mais vasta que foi entretanto ocupada com a construção da ETAR e de vários estabelecimentos de ensino no local. A “Cerca do Marquêz” dispunha de uma extensa área de bosque que incluia ermitérios, estátuas, lagos, fontes e tanques, uma casa de fresco e duas capelas, cujo interior era ornamentado por retábulos saídos das mãos dos célebres escultores de Mafra.
A revista “O Anunciador das Feiras Novas” que se edita anualmente em Ponte de Lima, tem vindo a publicar uma série de artigos acerca dos marqueses de Ponte de Lima e do seu palácio em Mafra.
Fotos: Manuel Santos
A partir de 18 de Abril o Museu de Marinha apresenta ao público, pela primeira vez em Portugal, a mais completa exposição dedicada aos Vikings | Guerreiros do Mar.
Venha navegar connosco até à era dos Vikings!
Chega agora a vez de Portugal poder visitar no Museu de Marinha a história de um povo que há mais de mil anos, povos vindos do Norte chegaram às margens de uma Europa que não estava preparada para os receber.
A capacidade de se deslocarem em rápidos e versáteis navios e a violência inesperada dos seus ataques constituíam as principais características destes “guerreiros do mar”.
Também nos territórios que mais tarde viriam a ser Portugal, a presença destes “homens do norte” foi uma constante ao longo de mais de 300 anos, entre os séculos IX e XI. Quer na região do Condado Portucalense, quer nos territórios islâmicos mais a sul no Al-Andaluz, como Lisboa e Alcácer do Sal, as incursões vikings deixaram uma marca indelével naquelas sociedades, bem presente no início da nacionalidade.
Composta por mais de 600 peças originais provenientes do Museu Nacional da Dinamarca, esta exposição apresenta-nos os mais variados aspetos relacionados com a história e cultura deste fascinante povo que ficou conhecido como um dos mais temidos de toda a História e que ainda hoje conquista milhares de entusiastas.
A Administração do Porto de Lisboa, S.A oferece uma visita comentada aos painéis do pintor Almada Negreiros e a projeção de filme sobre Porto de Lisboa”
Nesta visita conhecerá a envolvente histórica que antecedeu à construção da Gare e o papel da mesma em períodos tão marcantes como a II Guerra Mundial, a Guerra Colonial ou a Descolonização. No filme poderá ver algumas atividades realizadas no Rio Tejo, bem como imagens das frentes ribeirinhas.
Após anos de abandono e degradação, eis que o Pavilhão Carlos Lopes reabriu de cara lavada e totalmente recuperado. Também a área envolvente foi requlificada e agora aquele espaço fica destinado à realização de eventos, sobretudo de carácter cultural, artístico e desportivo promovidos pela Associação de Turismo de Lisboa, como é o caso do evento gastronómico “Peixe em Lisboa” que está neste momento a decorrer.
Este edifício foi construído em 1922, no Brasil, destinado à Grande Exposição Internacional do Rio de Janeiro. Uma vez terminado aquele certame, regressou a Portugal onde foi reconstruído e aberto de novo ao público em 1932, para acolher a Grande Exposição Industrial Portuguesa, sendo então designado como “Palácio das Exposições”.
Ali tiveram lugar grandes eventos desportivos como o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins que decorreu em 1947. Após o 25 de Abril de 1974, foi um palco privilegiado para a realização de comícios políticos, tendo nomeadamente o Partido Comunista Português ali montado uma grandiosa exposição alusiva ao seu 60º aniversário. Mas também espectáculos culturais como festivais de folclore, sendo a mais recente a Festa de Portugal organizada pela Casa do Concelho de Ponte de Lima, entre 1994 e 1997, já então o pavilhão apresentava graves problemas de segurança.
Vulgarmente conhecido por Pavilhão dos Desportos, veio em 1984 a ser rebaptizado com o nome do atleta Carlos Lopes.
Situado numa elevação frondosa do Parque Eduardo VII com fácil acesso, o edifício exibe magníficos paineis de azulejos azulejares, produzidos em 1922 pela Fábrica de Sacavém, representando quadros históricos como a Batalha de Aljubarrota, o Cruzeiro do Sul, a Batalha de Ourique, Sagres e a Ala dos Namorados.
A realização do festival gastronómico “Peixe em Lisboa” constitui uma excelente oportunidade de visita àquele local, juntando a contemplação da arte pelo prazer da gastronomia.
Fotos: Manuel Santos
No próximo dia 18 de abril, haverá duas visitas guiadas ao Palácio da Ega, edifício onde funciona o Arquivo Histórico Ultramarino.
O horário das visitas será às 11h00 e às 15h00.
Destinadas ao público em geral, as visitas são gratuitas, mas exigem marcação prévia. O limite será de 25 pessoas por visita. Cada visita terá a duração aproximada de 1 hora.
O ponto de encontro é na portaria do Palácio da Ega, Calçada da Boa Hora, nº30, 1300-095 Lisboa
Contactos:
Correio eletrónico ahu@ahu.dglab.gov.pt
Tel. 10h00 – 18h00: Secretariado 210 309 101 Geral 210 309 100. AHU, Palácio da Ega, Calçada da Boa Hora, nº30, 1300-095 Lisboa
Passo a passo no Palácio da Ega: Histórias de uso e sustentabilidade de uma casa nobre do séc. XVII, das quintas à urbanização da Junqueira e ao Arquivo Histórico Ultramarino. Percurso entre a fonte de embrechados, o Salão Pompeia e os azulejos, à varanda sobre o Tejo, atravessando património arquivístico comum de língua portuguesa.
Com mais de um século de existência, o Museu Nacional dos Coches é um exemplar único pela sua temática e o elevado número de exemplares que constituem a sua valiosa colecção.
Por iniciativa da Rainha D. Amélia d’Orleães e Bragança, foi em 23 de Maio de 1923 inaugurado o Museu dos Coches Reais, o primeiro do género em todo o mundo. O salão do antigo Picadeiro Real, no Palácio de Belém, foi o local escolhido para albergar o museu.
Apesar do esplendor do local, este revelou-se desde o início insuficiente para receber e expor as carruagens que se encontravam guardadas noutros palácios, nomeadamente no Paço Ducal de Vila Viçosa. Por essa razão, em 1906, a rainha encomendou um novo projecto para ampliar o museu.
Entretanto, ocorre a revolução do 5 de Outubro que colocou fim ao regime monárquico. Porém, ao contrário do que sucedeu em França, as carruagens não foram objecto de vandalismo e destruição, pelo que puderam ser conservadas no museu que apenas mudou a denominação. Mais ainda, aumentou a sua colecção com a incorporação de coches e berlindas que pertenciam à Casa Real e outras provenientes dos bens da Igreja.
Após várias décadas de discussão, o Museu Nacional dos Coches passou a dispor de modernas e novas instalações, mais adequadas à sua função, com melhores condições de circulação dos visitantes e diversos equipamentos considerados indispensáveis a um novo museu. No antigo Picadeiro Real permanece um núcleo expositivo com coches e berlindas, acessórios de cavalaria e a galeria de pintura da Família Real, o qual também pode ser visitado pelo público.
Fotos: Manuel Santos
O bar “Pirata” acaba de encerrar as suas portas. O seu espaço vai dar lugar a um empreendimento de 46 apartamentos de luxo para alugar a turistas cujas obras deverão arrancar ainda este ano. Lisboa perde assim mais um dos seus ícones, a somar aos muitos estabelecimentos típicos que já fecharam!
Célebre pelos seus dois famosos aperitivos – o “Pirata” e o “Perna de Pau” – o Bar “Pirata” era um dos mais emblemáticos estabelecimentos da baixa lisboeta, a par das “Ginginhas” do Largo de São Domingos e da rua das Portas de Santo Antão, famosas pelas suas marcas “Eduardinho” e “Espinheira”.
O “Pirata” é uma mistura à base de vinho generoso gaseificado ou seja, misturado com soda. O “Perna de Pau” é a mesma bebida acrescentada de ginginha.
- Vai sendo tempo dos lisboetas repensarem o destino que pretendem dar à sua cidade e, sem repudiar o turismo, preservar o seu património!
Próximo Dia Internacional dos Monumentos e Sítios será assinalado a 18 de Abril de 2017 (Terça-feira)
O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios é celebrado a 18 de abril.
A data visa promover os monumentos e sítios históricos e valorizar o património português, ao mesmo tempo que tenta alertar para a necessidade da sua conservação e proteção.
O tema de 2017 é " Património Cultural e Turismo Sustentável".
Neste dia decorrem várias iniciativas para celebrar a data, como visitas e entradas gratuitas nos monumentos. Ao longo da semana que integra este dia, também se realizam comemorações por todo o país, todos os anos com um novo tema.
Monumentos e sítios abertos em Portugal
Neste dia estarão abertos ao público locais como:
Pode conhecer todo o programa de atividades do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios por localidade no site da Direção-Geral do Património Cultural.
Monumentos mais visitados em Portugal
O Palácio Nacional de Mafra é o palácio mais visitado, enquanto que o Museu Nacional dos Coches é o museu mais visitado em Portugal.
Os estrangeiros representam 85% das entradas nos monumentos nacionais, enquanto que 61% das entradas nos museus e palácios são feitas por portugueses.
Origem da data
A data foi instituída a 18 de Abril de 1982 pelo ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios), uma associação de profissionais da conservação do património, e aprovada pela UNESCO em 1983.
Hoje foi dia de nevoeiro. Apesar disso, a estátua do rei D. Sebastião ainda não regressou à fachada da estação ferroviária do Rossio.
Destruída por um primata que escalou o local para fazer uma selfie, os lisboetas continuam pacientemente a aguardar que seja feita uma réplica para ali ser colocada. Até lá, o nicho continua vazio a aguardar o regresso de D. Sebastião.
A forma como se consente que indivíduos trepem aos edifícios e monumentos públicos ou façam indiscriminadamente selfies em espaços museológicos tem estado na origem de acidentes irreparáveis, como este e o que sucedeu há algum tempo com a destruição de uma estátua no Museu Nacional de Arte Antiga.
Já vai sendo tempo de acabar com esta indisciplina e falta de sentido cívico que apenas contribui para a destruição do nosso património: não existem receita turística que compense a perda irreparável de obras de arte!
Foto: Manuel Santos
Os municípios deveriam organizar roteiros culturais de modo a dar a conhecer a História e a arte que ali se guarda
Desde as suas origens, o Homem procurou sempre superar a sua própria morte, constituindo essa uma das essências de todas as religiões. Através de determinados ritos garantia a viagem eterna para uma nova vida, colocando-se na posição fetal ou levando consigo a moeda com que haveria de pagar a Caronte a travessia para o Hades.
As antas e dolmens, as lanternas etruscas, as pirâmides egípcias e as técnicas de mumificação não são mais do que expressões de arte funerária de diferentes civilizações de épocas distintas que são atualmente estudadas e conservadas, classificadas como património cultural.
Durante muitos séculos, entre nós, o sepultamento era feito no interior das igrejas ou no terreno adjacente considerado campo santo. Ainda atualmente se conservam em muitos locais as pedras tumulares com as respetivas inscrições e, não raras as vezes, brasões de família. Nalguns casos, porém, uma certa falta de sensibilidade para a necessidade de se preservar o património tem levado à destruição das sepulturas existentes no interior das igrejas e capelas com a realização de obras alegadamente de melhoramento.
Em 1835, passou a ser proibido o enterro dentro das igrejas, decisão que juntamente com outras medidas tomadas pelo governo de Costa Cabral vieram a estar na origem da Revolução da Maria da Fonte.
Durante o século XIX, fortemente marcado pelo Romantismo, a arte funerária regista um grande desenvolvimento que se traduz na construção de grandes jazigos repletos de esculturas e motivos arquitetónicos, o emprego de novos símbolos associados nomeadamente a profissões e a obediências maçónicas, figuras alegóricas, motivos vegetalistas e uma profusão de epitáfios.
Com efeito, a arte funerária reflete a visão do cosmos e a interpretação da vida e da morta feita a partir de um determinado contexto histórico, social e ideológico, revelando a estrutura social e a mentalidade da sociedade em que a mesma foi produzida. Devido ao seu elevado interesse patrimonial e cultural, alguns cemitérios tornaram-se visitas obrigatórias e estão incluídas nos roteiros turísticos como sucede com o cemitério de Pére Lachaise, em Paris, ou o cemitério dos Prazeres, em Lisboa, onde se encontram magníficas obras de arte e em cujos jazigos repousam os restos mortais dos nossos mais ilustres poetas e outras figuras ilustres.
No dia em que muitos lisboetas vão aos cemitérios visitar as sepulturas dos seus entes queridos já falecidos, o BLOGUE DE LISBOA deixa aqui a sugestão para que aquele espaço de meditação seja também visto noutra perspetiva, contemplando as obras de arte, procurando decifrar os símbolos e descobrindo as figuras notáveis que ali repousam, algumas das quais marcaram em suas vidas o desenvolvimento da sociedade local.
Programa REVIVE reabilita 30 edifícios públicos para fins turísticos. Conhecidos os primeiros 11 edifícios da lista
O programa REVIVE vai permitir restaurar e reabilitar, com fins turísticos, 30 edifícios públicos, tornando-os acessíveis ao público. Os primeiros 11 imóveis da lista são já conhecidos e são os seguintes: Convento de São Paulo (Elvas), Pavilhão do Parque (Caldas da Rainha), Quinta do Paço de Valverde (Évora), Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (Coimbra), Castelo de Vila Nova de Cerveira, Fortaleza de Peniche, Mosteiro de São Salvador de Travanca (Amarante), Mosteiro de Arouca, Paço Real de Caxias (Oeiras), Forte do Guincho (Cascais), Castelo de Portalegre. A recuperação será feita por investidores privados a quem serão concessionados os imóveis.
O projeto REVIVE é uma iniciativa conjunta dos Ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças. Na prática trata-se da criação de uma bolsa de edifícios históricos a serem concessionados a privados, nacionais e estrangeiros, para investimento através de concurso público. Muitos dos 30 edifícios estão em estado de degradação, classificado como ‘Mau’ pela Direcção-Geral do Património e Cultura (DGPC) e a necessitar de intervenção. Os 19 imóveis ainda não anunciados vão ser divulgados, de forma faseada, até ao final do ano.
A concessão a privados fica sujeita a compromisso de reabilitação, preservação e conservação, sendo que o património continua a pertencer ao Estado. Cada edifício terá o seu caderno de encargos, com o seu próprio calendário.
Pretende-se valorizar o património através da reabilitação e da sustentabilidade dos equipamentos em causa, dando vida a locais subaproveitados ou ao abandono e devolvendo os espaços à fruição pública. Os equipamentos estão em diversos pontos do país, o que ajuda à desconcentração e diferenciação da oferta turística, valorizando todo o território nacional.
O modelo de concessão adotado pelo programa REVIVE retira despesa ao estado e cria riqueza, pela atração de mais turistas e criação de postos de trabalho.
A sessão de apresentação oficial do REVIVE contou com a presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, do Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, da Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, do Presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo e do Presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado.
Para informação sobre o Programa:
Para mais informações sobre os 11 edifícios já anunciados:
1 – Convento de S. Paulo (também conhecido como antigo Quartel de S. Paulo ou edifício do Tribunal Militar de Elvas), Elvas - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70353
2 - Castelo de Vila Nova de Cerveira - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70700
3 - Fortaleza de Peniche - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71147
4 – Mosteiro de S. Salvador de Travanca, Amarante - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69880 - fotografias em anexo
5 - Mosteiro de Arouca - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70519
6 - Mosteiro de Santa Clara-a-Nova - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70695
7 - Pavilhões do Parque, Caldas da Rainha - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/4032391
8 - Paço Real de Caxias, Oeiras - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74866
9 – Forte do Guincho, Cascais - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74121
10 – Castelo de Portalegre - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70706
11 – Quinta do Paço de Valverde, Évora - http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/11152902 - concessão para exploração de hotel de aplicação
Está a correr um abaixo-assinado na internet promovido por um grupo de cidadãos entre os quais se contam muitas personalidades conhecidas ligadas à cultura, insurgindo-se contra a intenção da Câmara Municipal de Lisboa em destruir os brasões florais da Praça do Império, em Lisboa.
O abaixo-assinado é dirigido à Assembleia Municipal de Lisboa e encontra-se no endereço http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=pt82251
Preservar a Praça do Império é defender a Portugalidade
Para: Assembleia Municipal de Lisboa
A Nova Portugalidade, grupo de cidadãos que visa o estudo, promoção e defesa do património material e espiritual da Portugalidade, lastima a decisão, anunciada ontem por diversos órgãos de comunicação social, de remover da Praça do Império o conjunto de brasões florais que presentemente a adornam. A Câmara Municipal de Lisboa, iniciadora do processo, fá-lo precipitadamente, pois não podemos – não no-lo permitiria a fé que temos nessa alta instituição - crer que o faça por preconceito ideológico e em atentado à nossa memória colectiva. Parece claro, contudo, que a decisão obedece à visão, aliás conhecida e insistentemente difundida, de importantes responsáveis camarários para o local. Ora, os canteiros alusivos às antigas províncias portuguesas do ultramar não são marca de anacronismo, mas dessa história que a Praça evoca e deve celebrar.
Os canteiros floridos da Praça do Império são, pese embora o desprezo que lhes parecem votar alguns espíritos menos avisados, um símbolo vivo, actual, da viva e actual globalização portuguesa. Representam-se ali, com os seus brasões de armas, os pedaços de Portugalidade que mais longamente se mantiveram ligados entre si; hoje, o jardim é testemunho forte de uma aventura colectiva que marcou o nosso passado e pode bem determinar o nosso futuro. Como atestado pelas impressivas manifestações de carinho com que os povos da Portugalidade nos brindaram aquando do Euro 2016, o mundo português é bem mais que um slogan: o largo espaço que os portugueses descobriram, habitaram e abraçaram é uno no sentimento que lhe é comum, fecundo nos benefícios que promete e sólido como fórum alternativo de afirmação do Estado português. É hoje tão actual como em 1500.
Não pode existir argumento financeiro, estético ou histórico que concorra para a destruição de algo tão belo e pleno de significado. Se avançar com o projecto de requalificação agora aprovado para a Praça do Império, a CML cometerá um crime contra Lisboa, o património nacional e a profunda amizade que mantemos com os povos da Portugalidade. Mais, tratar-se-ia de um crime contra a História e, portanto, contra o próprio país. O povo português, residente ou não em Lisboa, não pode permitir semelhante barbaridade. A Câmara Municipal de Lisboa, crêem os signatários, também não. A Praça do Império, com tudo o que nela sugere a grandeza passada e potencial futuro do país, não pode ser devorada pela falsa religião do progresso.
Pela memória,
Rafael Pinto Borges, Fundador da Nova Portugalidade
Abel Matos Santos, Psicólogo clínico
Ana Cristina Pinto, Escritora
António Carvalho Capela, Economista
Alexandre Franco de Sá, Professor Universitário
Aline Gallasch-Hall de Beuvink, Professora universitária e historiadora
Benigno Guterres, Estudante timorense residente em Lisboa
Carlos Fino, Jornalista
Eurico Barros, Crítico de cinema
Fernando Ribeiro Rosa, presidente da Junta de Belém
Filipe Anacoreta Correia, Jurista e deputado do CDS – Partido Popular
Francisco Quelhas Lima, presidente da AE da Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto
Hugo Dantas, Jurista
Isabel Santiago Henriques, Fotógrafa e assistente de realização
Jaime Nogueira Pinto, jurista, professor universitário, escritor
Joaquim Magalhães de Castro, Fotógrafo e escritor
José António Rodrigues Pereira, Oficial superior na situação de Reforma, investigador de história marítima
João Borges, Designer e museógrafo
Luís Bonifácio, Engenheiro
Luís Farinha Franco, Assessor do Ministério da Cultura, heraldista
Mamede Broa Fernandes, Estudante
Manuel Azevedo Graça, Historiador da Arte
Manuel Ribeiro de Faria, Oficial Superior na Reserva, ex-director do Museu Militar
Marcelo Mendes Pinto, Arqueólogo e investigador
Maria do Guadalupe Mègre Pinto Teixeira, Jurista, quadro superior dirigente da ONU
Mário Cunha Reis, Engenheiro
Pe. Mário Tavares de Oliveira
Miguel Castelo-Branco, Assessor do Ministério da Cultura, investigador
Nuno Canas Mendes, Professor universitário
Nuno da Motta Veiga C. Alves, Arquitecto
Pedro Pestana Bastos, Jurista
Pedro Quartin Graça, Jurista e ex-deputado independente eleito pelo PSD
Pedro Sanchez, Arquitecto
Raul Almeida, Gestor, politólogo e ex-deputado do CDS - Partido Popular
Rui Brito Fonseca, Professor universitário, investigador, consultor
Vasco Silva, Editor
Estátua de D. Sebastião no Rossio foi destruída pela estupidez de uma “selfie”
É frequente assistir-se, inclusivamente nas reportagens televisivas, a bandos de indivíduos a escalarem monumentos e estátuas nas praças de Lisboa, no contexto de manifestações políticas, desportivas ou simplesmente para tirar uma selfie ou seja, um auto-retrato. Não raras as vezes, deixam nos monumentos marcas de vandalismo como inscrições gráficas, sujidades e até amputação e roubo de pedaços das esculturas e outros elementos de adorno.
Foi recentemente notícia a destruição completa da estátua do rei e D. Sebastião, que se encontrava na fachada da estação de comboios do Rossio, em Lisboa. Um indivíduo procurou trepar ao local a fim de tirar uma fotografia… não curando que apenas o peso da obra de arte garante a sua fixação ao local, não se encontrando prevista a ocorrência de trepadores!
O Estado tem vindo a providenciar a instalação de sistemas elétricos com vista a afastar os pombos de modo a evitar a corrosão e sujidade dos monumentos… não garantiu ainda uma forma de impedir que os trepadores façam neles as suas porcarias. Espera-se, ao menos, que o legislador tenha em conta a necessidade de se estabelecer a ordem com vista à preservação do património que a todos pertence!
Foto: Manuel Santos
Sobre o arco triunfal da Rua Augusta, a Glória coroa o Génio e o Valor, representados pelas esculturas de Célestin Anatole Calmels, escultor francês que viveu a maior parte da sua vida em Portugal, sendo também da sua autoria entre outras obras de arte, o conjunto escultórico que constitui o frontão dos Paços do Concelho, em Lisboa.
Num plano inferior, são da autoria do escultor português Víctor Bastos as representações de Nuno Álvares Pereira, Viriato, Vasco da Gama e o Marquês de Pombal. A ladear, à esquerda, o Tejo e à direita, o Douro, os dois rios que outrora delimitavam o território dos lusitanos.
A inscrição em latim – VIRTVTIBVS MAIORVM VT SIT OMNIBVS COCVMENTO PPD – evoca a grandiosidade do Império português e pode ser traduzido da seguinte forma: “Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”.
Remonta a 1759 a ideia da construção do Arco triunfal da Rua Augusta, sendo a sua construção projetada no âmbito da reconstrução da cidade após o terramoto de 1755. Desde há perto de três anos que o Arco da Rua Augusta se encontra aberto à visita do público, sendo o acesso feito por elevador com entrada num edifício que se encontra junto ao monumento, na rua Augusta.
Situado ao cimo da rua do Século, próximo do Jardim do Príncipe Real, o Convento dos Cardaes é um dos mais interessantes e mais bem conservados monumentos do período do Barroco existente em Lisboa, digno de visita.
O Convento foi fundado por D. Luísa de Távora para alojar as religiosas da Ordem das Carmelitas Descalças, tendo a sua própria fundadora ali vivido até à sua morte. As Carmelitas Descalças constituem um ramo da Ordem do Carmo que resulta de uma reforma introduzida por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz ao carisma carmelita.
O Convento dos Cardaes apresenta um aspeto exterior sóbrio e austero mas exibindo esplendor e beleza no seu interior.
Possui igreja de uma só nave, com altar-mor e dois altares laterais. As paredes são revestidas de pinturas que obedecem às regras da Ordem, da autoria de António Pereira Ravasco e André Gonçalves. O teto representa ao centro a Padroeira rodeada pelas suas litanias.
Dispõe de painéis de azulejos historiados-holandeses, representando cenas da vida de Santa Teresa d’Ávila, e ainda magnífica talha dourada, produzindo um efeito integrado entre as diversas formas de arte como é característico do Barroco português.
Sem pretender fazer uma descrição exaustiva da História e do património do Convento dos Cardaes, não deixaremos de destacar a preservação da roda e da grade no coro alto que constituem atualmente exemplares raros devido à extinção dos conventos, o que não chegou a ser o caso do Convento dos Cardaes. Os espigões existentes nas grades de ferro simbolizam o afastamento do mundo exterior, não se destinando a provocar ferimentos seja a quem for, conforme se pode verificar pela forma como se encontram colocados para o lado de fora.
Escultura em mármore de Nossa Senhora da Conceição, da autoria de João Antunes, encimando uma das portas de entrada do Convento.
Na porta principal, encontra-se uma escultura em mármore de São José, também da autoria de João Antunes.
A imagem mostra a grade do coro-alto, ladeado por pinturas e talha dourada
Altar-mor com três colunas com fuste em espiral, decoradas com folhas de acanto formando “volutas” e uvas representando o vinho em alusão ao sangue de Cristo, a Fénix usada para simbolizar a Ressurreição de Jesus.
A famigerada roda cuja função era permitir a entrada e saída de objectos o Convento, servindo portanto de elemento de comunicação com o exterior, mas cujo uso que a sociedade lhe veio a dar com a entrega de crianças aos conventos em momentos de aflição das mães, passou a ser conhecida como "roda dos expostos".
No âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, realiza-se no próximo dia 15 de Abril, entre as 19h e as 20h, uma visita guiada ao edifício em que se encontra instalado o Museu do Oriente, na zona de Alcântara, em Lisboa.
Trata-se de um dos edifícios mais representativos da arquitetura do Estado Novo onde funcionaram os antigos armazéns frigoríficos da Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau. Ali existiu antes um ginásio e um ringue de patinagem sob a responsabilidade da Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT), antecessora do INATEL.
As galerias romanas de Lisboa abrem ao público nos próximos dias 15, 16 e 17 de Abril, entre as 10h e as 18 horas.
A marcação é obrigatória. Para se inscrever basta aceder ao link: http://galeriasromanas.cm-lisboa.pt. Para mais informações contacte 218172617-de segunda a sexta, das 10h às 18h
A iniciativa insere-se no âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. Trata-se de uma excelente oportunidade para visitar as galerias romanas de Lisboa que só abrem ao público em dois momentos no ano.
- Quem o garante é a Secretaria de Estado das Autarquias Locais
Informação baseia-se no Estatuto dos Benefícios Fiscais, Lei de Bases do Património Cultural e classificação dos bens imóveis de interesse cultural.
O Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, informou a Câmara Municipal de Guimarães que os moradores dos prédios integrados nos centros históricos incluídos na lista do Património Mundial pela UNESCO beneficiam da isenção da taxa de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis). A informação resulta de uma reunião efetuada em Lisboa com o Presidente do Município, Domingos Bragança, no passado dia 04 de fevereiro, onde foi abordado o tema da divergência da aplicação da isenção.
De acordo com a exposição apresentada pelo titular da Secretaria de Estado das Autarquias Locais, o Centro Histórico de Guimarães «integra a lista dos bens classificados como de interesse nacional sendo, como tal, designado monumento nacional. Os monumentos nacionais não exigem a classificação individualizada dos prédios que os integram para efeitos de isenção de IMI», acrescenta o texto do ofício.
Além da missiva remetida para a Câmara Municipal de Guimarães, na qual menciona explicitamente não ser «necessária a produção de qualquer alteração legislativa», a informação foi igualmente enviada para o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais para «confirmação deste entendimento e eventual auscultação da Autoridade Tributária».
Interesse público nacional
A alínea n) do nº 1 do artigo 34º do Estatuto dos Benefícios Fiscais determina que estão isentos de imposto municipal sobre imóveis «os prédios classificados como monumentos nacionais e os prédios individualmente classificados como de interesse público ou de interesse municipal, nos termos da legislação em vigor».
Nos termos do disposto no nº 7 do artigo 15º da Lei nº 107/2001, de 08 de setembro, «os bens culturais imóveis incluídos na lista do património mundial integram, para todos os efeitos e na respetiva categoria, a lista dos bens classificados como de interesse nacional», cuja referência está expressa no nº 3 do artigo 3º do Decreto de Lei nº 309/2009: «A designação de ‘monumento nacional’ é atribuída aos bens imóveis classificados como de interesse nacional, sejam eles monumentos, conjuntos ou sítios».
A Fundação Millennium bcp, adere uma vez mais ao DIMS com a organização de visitas guiadas ao conjunto de estruturas arqueológicas do Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros.
Dia 18 de abril entre as 10h0 e as 23h00
No dia 15 de abril, a Baía do Tejo, SA, com o apoio do Grupo Desportivo Fabril, inaugura uma exposição temporária sobre o Grupo Desportivo da CUF e nos dias 17 e 18, visitas guiadas e livres ao património desportivo do antigo complexo industrial, no Museu Industrial no Lavradio, Barreiro.
O Movimento Os Amigos de São Cristóvão (MASC), produziu em fevereiro de 2012, nas Escadinhas de São Cristóvão, um mural dedicado ao fado, ao bairro e aos seus moradores, amigos e visitantes, uma iniciativa que contou com o apoio de diversas entidades, entre as quais a Junta de Freguesia, a EPUL e a Paróquia de São Cristóvão.
Trata-se de um interessante conjunto de motivos pitorescos que captam com reconhecida mestria figuras típicas do bairro, desde as vizinhas alcoviteiras ao risonho pároco, sem esquecer nos fadistas e frequentadores da taberna, com homenagem a Maria Severa que viveu no vizinho bairro da Mouraria.
Porém, para quem percorre aquele recanto gracioso do velho bairro alfacinha, não é sem um misto de encanto e desagrado que se detém perante o espetáculo que se lhe oferece: o mural é magnífico e bem-intencionado mas cria no local um cenário próprio de arrabalde degradado onde impera uma espécie de cultura suburbana, própria dos arredores das grandes cidades cosmopolitas.
Coloca-se a questão a saber até que ponto o grafiti contribuirá para a reabilitação dos bairros históricos de Lisboa?
As lápides romanas que se encontram na parede de um prédio da Travessa do Almada estão classificadas como Monumento Nacional, de acordo com o Decreto de 16 de junho de 1910, publicado no Diário do Governo, n.º 136, de 23 de junho de 1910. No entanto, o local não se encontra valorizado a fim de que as pessoas identifiquem o monumento, sucedendo existir com frequência grafitis e sinalética estranha em redor.
A requalificação do local onde as placas se encontram deveria contemplar a supressão do parqueamento e até a circulação automóvel, devendo o monumento ser assinalado nomeadamente através da colocação de uma placa com legenda descritiva, mais ou menos semelhante à que consta da nota histórico-artística da Direcção-Geral do Património Cultura que a seguir se transcreve.
“Aquando da construção de um prédio pombalino na Travessa do Almada, conhecido justamente como "prédio do Almada", foram descobertas quatro lápides contendo inscrições latinas, duas das quais dedicadas aos deuses romanos Mercúrio e Cíbele. As lápides foram mantidas no local, integradas na fachada lateral do edifício, onde se encontram actualmente. A designação comum das lápides provém da rua com a qual o prédio faz gaveto, a Rua das Pedras Negras. O edifício, apalaçado, foi mandado construir em 1749 por D. João de Almada de Melo, senhor de Souto d' El-Rei, e as inscrições foram descobertas durante a escavação das fundações, a par do que seriam vestígios de um templo Romano dedicado à deusa Cibele. Fazem parte de um grande conjunto de achados arqueológicos da época romana na zona, que incluem as galerias romanas ou criptopórtico da Rua da Prata, e o vizinho Teatro Romano de Lisboa.
A primeira lápide encontra-se incompleta, lendo-se apenas MERCVR.../ CAESA.../ AVGVST.../ C. IVLIVS F. IU.../ PERMISS V. DEC.../ DEDIT. F... , permitindo apenas compreender o nome de Caio Júlio, dedicante, e as invocações do deus Mercúrio e do imperador César Augusto.
A inscrição seguinte é composta pela lápide e por um troço de coluna e pequeno pedestal, e nela se lê DEVM MATR / T. LICINIVS / AMARANTIVS / V. S. L. M, ou Tito Licínio Amarantio por voto dedicou à mãe dos deuses.
A lápide maior, com mais de 2 metros de altura, possui a inscrição L. CAECILIO. L. F. CELERI. RECTO. / QVAEST. PROVINC. BAET. / TRIB. PLEB. PRAETORI. FEL. IVL. / OLISIPO, traduzível como Felicitas Julia Olisipo dedica a Lúcio Cecílio filho de Lúcio Celeri recto questor da província da Bética tribuno do povo e pretor. A inscrição de homenagem do povo de Lisboa ao pretor Lúcio Cecílio, da província da actual Andaluzia, é sobretudo importante por testemunhar que o título de Felicitas Iulia, concedido a Lisboa por César Augusto, se conservou durante as centúrias seguintes.
A última lápide é rematada por um pequeno frontão, e exibe a legenda MATRI DE / VM MAG. IDAE / A FRHYG. T. L. / LYCH CERNO / P. H. R. PERN. IIVI / CASS. ET CASS. STA. / M. AT. ET AP. COSS. GAI, dedicatória de Caio Licínio Cerno, da Lycaonia, na Ásia Menor, à deusa Ida da Frígia, mãe dos deuses, na época dos cônsules Marco Atílio e Afrosiano, e do governador Gaio.
Sílvia Leite / DIDA / IGESPAR, I.P., 24-10-2007”
Em plena baixa pombalina, existe uma igreja que passa despercebida à maioria dos lisboetas e à generalidade dos turistas que visitam a capital. Trata-se da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e situa-se em plena rua de S. Julião, tendo sido construída em 1762 aproximadamente no mesmo local onde antes existiu outra sob a mesma invocação.
A igreja original foi erguida 1262, por Pedro Esteves e Clara Fea Geraldes, no reinado de D. Fernando, do lado sul da Igreja de S. Julião. Veio em 1446 a ser adquirida pela Irmandade dos Confeiteiros, sendo constituída como sede e orago da referida irmandade, até ser destruída pelo terramoto de 1755.
A igreja veio a ser reedificada no âmbito do plano de urbanização de Manuel da Maia, encontrando-se atualmente inserida no piso térreo de um caraterístico edifício da baixa pombalina.
Apresenta uma traça arquitetónica semelhante aos prédios envolventes e, de um modo geral, a toda a área mandada reconstruída da baixa lisboeta. A fachada, discreta, é constituída por duas portas, emolduradas em lioz branco sem ornamentos, sendo que a mais elevada surge rematada por frontão simples ligado ao lintel. Na parede exterior, uma pequena lápide em pedra lioz, muito provavelmente recuperada do anterior templo, identifica a igreja, o mesmo sucedendo com o cino e a cruz encimada no edifício.
O seu interior apresenta-se revestido por painéis de azulejos oitocentistas, em estilo rococó, com motivos alusivos ao nascimento de Jesus e a passos da Vida de Maria como o Nascimento de jesus e a “Fuga para o Egito, e imagens originárias da extinta Igreja de S. Julião e da ermida primitiva representando Santo António, S. Marçal e a Senhora da Oliveira. O teto apresenta uma pintura do século XVIII representando a Assunção de Maria. A pia de água-benta apresenta um desgaste provocado pelo uso e o tempo que denunciam ter sido recuperada da anterior igreja.
Situado ao cimo da rua do Século, próximo do Jardim do Príncipe Real, o Convento dos Cardaes é um dos mais interessantes e mais bem conservados monumentos do período do Barroco existente em Lisboa, digno de visita.
O Convento foi fundado por D. Luísa de Távora para alojar as religiosas da Ordem das Carmelitas Descalças, tendo a sua própria fundadora ali vivido até à sua morte. As Carmelitas Descalças constituem um ramo da Ordem do Carmo que resulta de uma reforma introduzida por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz ao carisma carmelita.
O Convento dos Cardaes apresenta um aspeto exterior sóbrio e austero mas exibindo esplendor e beleza no seu interior.
Possui igreja de uma só nave, com altar-mor e dois altares laterais. As paredes são revestidas de pinturas que obedecem às regras da Ordem, da autoria de António Pereira Ravasco e André Gonçalves. O teto representa ao centro a Padroeira rodeada pelas suas litanias.
Dispõe de painéis de azulejos historiados-holandeses, representando cenas da vida de Santa Teresa d’Ávila, e ainda magnífica talha dourada, produzindo um efeito integrado entre as diversas formas de arte como é característico do Barroco português.
Sem pretender fazer uma descrição exaustiva da História e do património do Convento dos Cardaes, não deixaremos de destacar a preservação da roda e da grade no coro alto que constituem atualmente exemplares raros devido à extinção dos conventos, o que não chegou a ser o caso do Convento dos Cardaes. Os espigões existentes nas grades de ferro simbolizam o afastamento do mundo exterior, não se destinando a provocar ferimentos seja a quem for, conforme se pode verificar pela forma como se encontram colocados para o lado de fora.
Escultura em mármore de Nossa Senhora da Conceição, da autoria de João Antunes, encimando uma das portas de entrada do Convento.
Na porta principal, encontra-se uma escultura em mármore de São José, também da autoria de João Antunes.
A imagem mostra a grade do coro-alto, ladeado por pinturas e talha dourada
Altar-mor com três colunas com fuste em espiral, decoradas com folhas de acanto formando “volutas” e uvas representando o vinho em alusão ao sangue de Cristo, a Fénix usada para simbolizar a Ressurreição de Jesus.
A famigerada roda cuja função era permitir a entrada e saída de objectos o Convento, servindo portanto de elemento de comunicação com o exterior, mas cujo uso que a sociedade lhe veio a dar com a entrega de crianças aos conventos em momentos de aflição das mães, passou a ser conhecida como "roda dos expostos".
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